Aos 65 empresários e empresárias participantes do Projeto +Gestão 2024

Foto: acervo interno.

O início de uma jornada contínua!

É com entusiasmo e determinação que nos encontramos no Projeto +Gestão Turma 2024, em busca do aprimoramento contínuo e desenvolvimento dos nossos negócios.

A iniciativa do projeto é elevar a competitividade por meio da excelência na gestão, adotando ferramentas, processos e procedimentos que impulsionem empresas ao seu desenvolvimento.

Essa jornada teve início em fevereiro deste ano com o diagnóstico que proporcionou o planejamento de ações para aperfeiçoamento da qualidade; produtividade; saúde, segurança e meio ambiente; responsabilidade social e gestão contábil, tributária e trabalhista.

Ao longo dos próximos 6 meses, utilizando o Plano de Ação como um guia, atente-se que: é na execução que reside o verdadeiro diferencial dos negócios que logram sucesso. Com disciplina, determinação e com as pessoas certas, a execução consegue transformar sonhos em realidade!

As empresas participantes contarão com consultorias individuais para apoio na execução das atividades do Plano de Ação, participarão de Encontros de Negócios com grandes empresas compradoras e contarão com acesso à conteúdo técnico a temas transversais dos negócios como sustentabilidade, gestão da qualidade, logística, gestão comercial, marketing, gestão financeira, gestão contábil e tributária e sucessão empresarial.

Em outubro deste ano ocorrerá a avaliação do trabalho. Na sequência, em novembro, as empresas participantes receberão um certificado de participação, bem como um Plano de Ação para 2025. Nesse próximo ano, com a metodologia da gestão por resultados e com a experiência vivenciado por meio do Projeto +Gestão Turma 2024, os empresários e empresárias seguirão na jornada da melhoria contínua contando com a nossa torcida!

O compromisso com a evolução constante se constrói empresas resilientes e competitivas. A dedicação, o trabalho árduo e o foco na excelência molda o futuro de nossas empresas.

Contem com o apoio do time da DVF Consultoria!

Estamos juntos com determinação e coragem numa jornada que começa agora!

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Carro Elétrico no ES – verticalizando a produção

Imagem de Freepik

O plano da LECAR de produzir o primeiro carro elétrico brasileiro, na região norte do estado vem somar ao esforço que a indústria capixaba tem realizado nos últimos anos para verticalizar a indústria de transformação metálica e atender ao que a economia moderna está exigindo, diminuir a emissão de carbono para atmosfera.

No norte do estado, em São Mateus, temos instalado, em fase de expansão, a montadora de ônibus da Marcopolo, que vai produzir ônibus elétricos, projeto inédito no país, contando com apoio do governo e a Randon, em Linhares, produzindo implementos rodoviários.

A instalação da unidade da LECAR vai servir de incentivo a ArcelorMittal Tubarão, siderúrgica em operação desde 1983 no município da Serra, que é referência no mundo, a expandir sua linha de produtos, implantando uma unidade de Laminador de Tiras a Frio-LTF, sonho antigo do setor metalmecânico capixaba.

A cadeia de abastecimento do setor automobilístico é extensa, vai diversificar a nossa economia, gerando negócios e empregos de qualidade, apresentado para a sociedade um produto moderno com ampla aceitação no mercado.

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Oportunidades existem – o que fazer?

Imagem de Freepik

Nos últimos 30 anos o estado do Espírito Santo teve uma grande transformação industrial. Com a expansão da ArcelorMittal Tubarão-AMT passamos a ser 3º maior produtor de aço do país, destacando que a AMT está classificada entre as siderúrgicas mais competitivas do mundo.

Na mineração temos o maior parque produtor de pelotas do mundo com as unidades da Vale, na Grande Vitória, e Samarco, em Anchieta, no momento passando por uma mudança com o desenvolvimento de novas tecnologias como briquete verde, que reduzirá sensivelmente a emissão de CO2 para a atmosfera e tornará o estado referência no tema, em ampla discussão no mundo.

No setor de papel e celulose somos o 5º maior produtor do Brasil, com as 3 unidades de celulose da Suzano em Aracruz e as unidades de papel em Cachoeiro do Itapemirim e outra em implantação em Aracruz.

No setor de Petróleo e Gás somos o 3º maior produtor do Brasil, com previsão de ampliação da produção com a instalação de uma nova plataforma da PETROBRAS, tipo FPSO, de exploração e produção offshore, em 2025, além das novas operadoras que estão se instalando e operando no estado como a PRIO, 3R, SHELL, EQUINOR, entre outras, no mar. Em terra, com a privatização dos campos no norte do estado, a SEACREST, EnP, IMETAME , BGM, UBUNTU, VIPETRO, entre outras, tem a expectativa de retomar a produção da década de 90, ou seja, 30 mil bpde.

Esses investimentos trouxeram desenvolvimento, geração de milhares de empregos e um aumento do PIB per capta, que passou de R$ 2,6 mil em 1990 para R$ 34 mil em 2020.

A cadeia de fornecedores locais aproveitou as oportunidades, se qualificaram e tornaram referência nacional. Atualmente, em qualquer estado brasileiro, onde tem um empreendimento industrial, tem empresas e trabalhadores capixabas, sendo que 60% da receita dessas empresas são provenientes de fora do estado.

As expectativas para o futuro são excelentes. No Brasil estão previstos, para o período de 2024 a 2028, mais de R$ 960 bilhões de investimentos em novos projetos para os setores mencionados, com destaque para petróleo e gás com mais de 50% seguido de mineração com cerca de 30%.

No Espírito Santo, no mesmo período, temos uma previsão de investimentos superior a R$ 80 bilhões, dividido entre investimento de Capital (CAPEX) e de operação (OPEX), cerca de 50% para cada segmento, que faz do estado um grande diferencial entre os demais, garantindo uma estabilidade nos negócios.

Para alcançar uma efetiva participação nessas oportunidades precisamos continuar o trabalho coletivo que vem sendo realizado em parceria entre Governo, Findes, Sindifer, Sinduscon, Sindicopes e Cdmec, visando manter o espaço conquistado, atrair novos investimentos e ampliar o mercado externo.

Para tanto é necessário investimento em capacitação e qualificação de gestores e trabalhadores, promover a competência local e desenvolver novas tecnologias e parcerias entre empresas locais e de outros estados e países.

Dentre desse contexto se inseri a importância de eventos como as Feiras da MECSHOW e ES OIL & GAS ENERGY, o programa do PDF – Programa de Fornecedores, entre outros ,que unem entidades e buscam novos mercados, tecnologias e clientes.

Ou seja, as OPORTUNIDADES EXISTEM, DEPENDE DE NÓS. JUNTOS SOMOS MAIS FORTES. VAMOS CONSEGUIR.

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O PDF e o Desenvolvimento do Espírito Santo

Imagem de Freepik

Nas décadas de 70 e 80, quando foram implantados os grandes projetos de celulose, siderurgia e mineração no estado do Espírito Santo os fornecimentos de bens e serviços vieram de outros estados e países.

Alojamentos, para mais de 20 mil trabalhadores, foram construídos, ficando no estado bolsões de pobreza decorrentes das moças das periferias que ficaram grávidas de funcionários das empresas que prestavam serviços e voltaram para suas cidades de origem.

No início da década de 90 , aproveitando a entrada em vigor da constituição de 1988, que passou a tratar o meio no sentido  mais amplo, não somente os aspectos de ar, água, resíduo, fauna e flora, mas também, as questões socioeconômicas, um grupo de empresários do estado, associados ao CDMEC, SINDIFER, SINDUSCON e SINDICOPES se reuniram, participaram das audiências públicas para expansão e/ou implantação de novas unidades industriais solicitando a inclusão nas condicionantes do licenciamento que fossem dados oportunidades às empresas e trabalhadores do estado.

A Secretaria de Estado do meio Ambiente aceitou o pedido e criou comissões para o acompanhamento dessas condicionantes, com participação dos investidores e fornecedores.

Paralelamente, as entidades de classe, com apoio da FINDES, Sebrae e Governo do estado, realizaram um diagnóstico da situação, verificaram as carências, estruturaram-se, capacitaram os gestores e trabalhadores e certificaram os processos das empresas.

Deve-se destacar o apoio recebido da Suzano, na época Aracruz Celulose, que estava modernizando as fábricas A e B e iniciando a construção da fábrica C, acreditando na estrutura do trabalho, no início denominado de Potencialização do Fornecimento Local, promoveu encontros dos fornecedores do Espírito Santo com detentores de tecnologia da Finlândia, Suécia, entre outros.

Em seguida a Vale, que estava construindo a 7ª pelotização, a KOBRASCO, verificando os ganhos que teria com a participação local, passou a visitar os fornecedores, abrindo um leque de oportunidades que foram correspondidas.

A ArcelorMittal Tubarão, na época CST, estava construindo seu 2º alto-forno e o 1º LTQ-laminador de tiras quente, também vislumbrou o valor das parcerias entre detentores de tecnologia com os fornecedores locais. Dessa forma, promoveu a integração, viabilizando visitas aos concorrentes da Inglaterra, Áustria, Alemanha e Itália.

A Samarco, na construção da 2ª. Pelotização, iniciou um processo de integração com os fornecedores do estado, que foi consolidado na construção das 3ª e 4ª unidades, quando proporcionou uma viagem dos fornecedores locais à China para conhecer o que poderia ser trabalhado em conjunto.

Nessa ocasião o projeto se consolidou, passou a ser denominado Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), sendo editado, em 2009, com apoio do Sebrae, um livro de minha autoria, que muito me orgulha. Hoje é denominado Programa de Fornecedores do Espírito Santo (PDF ES).

No período de 2005 a 2010 a Petrobrás, com a entrada da produção offshore no estado, que passou a ser o 2º produtor de Petróleo e Gás do país, alavancou novos negócios para a cadeia de abastecimento.

Com resultado de todo esse esforço, observou-se um crescimento no fornecimento para as grandes empresas do estado, passando de 8%, no início da década de 90, para 60%, em 2020.

As empresas da indústria de base, constituídas pelos setores de fabricação de equipamentos, estruturas, caldeiraria, componentes mecânicos, construção civil, engenharia e gerenciamento de projetos, serviços e comércio para indústria têm uma receita superior a R$ 6,0 bilhões/ano, sendo que 58% vêm de fornecimentos realizados para outros estados.

O PIB per capta do estado passou de R$ 2,6 mil, em 1990, para R$ 34,0 mil, em 2020, mostrando a importância da indústria de base do Espírito Santo para o crescimento da nossa economia.

Acrescente-se a tudo isso o reconhecimento dos clientes pelos trabalhos realizados pelos fornecedores e trabalhadores capixabas em diferentes projetos em implantação no Brasil.

O resultado alcançado deveu-se a união de todos: fornecedores, entidades de classe e governo, sempre trabalhando com foco na competitividade, com capacitação e adoção de tecnologias, modernas.  O caminho é longo, mas juntos, o PDF vai mais longe.

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Novo ciclo virtuoso do petróleo e gás no ES

Imagem: atlascompany no Freepik.

O Espírito Santo, 3º maior produtor de petróleo e gás do Brasil, com produção em terra e no mar, receberá, até 2027, cerca de 19 bilhões de reais em investimentos, incluindo novos empreendimentos e operação dos já existentes.

A produção de petróleo aumentará 85%, passando para 280 mil barris por dia (bpd) e a produção de gás natural deverá atingir 7 milhões de metros cúblicos por dia, crescimento de 100% em relação a 2022.

Esses aumentos acontecerão no mar (offshore) em decorrência da instalação de uma nova plataforma da FPSO Maria Quitéria, pela Petrobras, no Parque da Baleias, que deverá estar produzindo, até 2025, entorno de 130 mil bpd. Paralelamente a PetroRio (PRio) planeja impulsionar as descobertas nos campos de Itaipu e Wahoo, com previsão de produzir mais de 40 mil bpd.

Soma-se as expectativas de aumento de produção nos campos de Golfinho e Camarupim, na Bacia do Espírito Santo, adquiridos pela BWEnergy, no programa de desinvestimento da Petrobras. Destaca-se, em situação similar, a atuação da 3R Petroleum, no Polo de Peroá, operando com crescimento   de produção.

A expectativa do aumento de produção em terra (onshore) é fruto da finalização do desinvestimento de Petrobras na região norte do estado, concluído no 1º trimestre de 2023. Os campos existentes, que chegaram a produzir 25 mil bpd, em 2022 produziram 7 mil bpd. Com as novas tecnologias disponíveis, as empresas adquirentes, entre elas a Seacrest, EnP, BGM, Ubuntu, esperam atingir até 2030 uma produção de 30 mil bpd.

As reservas de petróleo e gás descobertas aumentaram em 7,1% e 18,2%, respectivamente, em relação a 2020, ficando entre as 3 maiores do país, com vida útil prevista de 15 anos.

Atualmente trabalham na exploração e produção de petróleo e gás no estado mais de 20 empresas nacionais e internacionais de grande, médio e pequeno porte, entre elas a Petrobras, Shell, ExxonMobil, Equinor, CNOOC, ONGC, QP, Repsol, Seacrest, PRio, BWEnergy, 3R, Imetame Energia, EnP, BGM, Vipetro, Ubuntu, Petrosinergy , Petromais e Karavan.

O encadeamento produtivo no estado envolve mais de 520 empresas destacando 53 no abastecimento e 426 na cadeia de fornecedores, que são referência no mercado brasileiro. Essas empresas empregam mais de 12 mil pessoas.

Conhecedores dessas oportunidades, governos estaduais e municipais, entidades e empresas capixabas tem trabalhado para divulgar e tornar realidade esse desenvolvimento no estado. Diversos eventos têm sido realizados. Investimentos para aprimorar a infraestrutura estão em andamento, destacando os portos da VPorts (antiga Codesa), Imetame e Porto Central, além das melhorias no sistema ferroviário da VLI e o projeto da EF-118, que ligará a Grande Vitória ao município de Anchieta.

Dentro desse contexto, destaca-se a 11ª ES OIL & GAS, que será realizada entre os dias 8 e 10 de agosto de 2023, no Pavilhão de Carapina, Serra, ES, onde serão apresentadas novas tecnologias e oportunidades de negócios no setor.

O aumento de produção de petróleo e gás proporcionará negócios, empregos e, também, um aumento nos royalties e participações especiais para o estado e municípios, representando um NOVO CICLO VIRTUOSO DE PETRÓLEO E GÁS no ES. Aproveite, participe.

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Competindo com eficiência

Disponível em:

O Espírito Santo é o maior produtor mundial de pelotas de minério de ferro do mundo e o 3º maior produtor de aço do Brasil sendo que, juntos, os dois setores representam mais de 20% do PIB estadual, gerando mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.

As empresas Vale e ArcelorMittal Tubarão, responsáveis por essas produções são referência no mercado mundial em função da qualidade dos produtos, produtividade e prazos, exportando para os diferentes continentes e, também, atendendo ao mercado interno.

Visando manter competitivas num ambiente de negócios exigente e inovador, destacando que seus clientes são os setores automobilísticos, naval, metalomecânico, equipamentos, eletrodomésticos, eletrônicos, entre outros, essas empresas têm investido em conhecimento, tecnologia, pessoas e equipamentos.

No período de 2019 a 2023, Vale e ArcelorMittal investirão mais de 6 bilhões de reais. Esses investimentos incluem equipamentos novos, melhorias operacionais e instalações ambientais para atendimento aos Termos de Compromisso Ambiental assinados por ambas com o Governo do Estado, Ministério Público Estadual e Federal e o IEMA-Instituto Estadual de Meio Ambiente.

Dentro desse contexto, a indústria de base do estado, constituída por empresas de fabricação de equipamentos, estruturas metálicas, caldeiraria, usinagem, construção civil, engenharia e gerenciamento de projetos, logística e afins, associados ao Sindifer, Sinduscon, Sindicopes e CDEMEC estão atuando para participarem ativamente dos investimentos previstos pela Vale e ArcelorMittal Tubarão, tendo como meta de conteúdo local  61%, ou seja, as empresas do estado deverão fornecer  cerca de 3,7 bilhões DE REAIS em bens e serviços, gerando aproximadamente 4 mil empregos. .

As empresas locais, com base nas parcerias realizadas com detentores de tecnologias e nas oportunidades dadas pelos investidores, contribuíram efetivamente para a melhoria da competividade das grandes empresas instaladas no estado, constituindo uma cadeia de abastecimento reconhecida no país. Esses fornecedores trabalham em todo território nacional, tendo mais de 60% de seus faturamentos fora do estado.

Essa evolução foi possível devido ao trabalho realizado pelas entidades de classe, instituições de ensino e os programas PDF e PRODFOR, liderados pela FINDES, que abriram mercado e capacitaram e certificaram os fornecedores, além de eventos como a MECSHOW e EXPOCONTRUÇÕES que ocorrem todos os anos e permitem troca de informações e conhecimentos de novas tecnologias e equipamentos.

Deve-se ressaltar que a participação local nesses empreendimentos vai permitir a absorção de tecnologias, destacando, na ArcelorMittal Tubarão a Nova Coqueria e Unidade de Dessalinização, primeira a ser implantada numa unidade industrial no Brasil. Na Vale teremos a utilização de materiais especiais e soluções inovadoras para cobrir as correias transportadoras e pátios.

Esses projetos também impactaram diversos setores da economia, entre eles transporte, hotelaria, uniforme, móveis e materiais de construção. O jogo não está ganho e é de fundamental importância a aquisição de novas tecnologias e a participação de todos, fazendo o acompanhamento dos projetos de forma organizada com avaliação mensal de desempenho das principais empresas interessadas.

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Potencialidades

Imagem: https://www.neowater.com.br/post/abastecimento-agua-empresa-saneamento

O Espírito Santo passa por um novo cenário que suscita grandes desafios e oportunidades. É preciso se adequar a este momento, transformando o estado em um local cada vez mais atrativo e competitivo.

Adensar as cadeias produtivas locais, ciclos de produção, distribuição e comercialização de insumos demanda estratégias e políticas para a promoção do desenvolvimento local. Para isso, é fundamental elevar os incentivos voltados às micro e pequenas empresas que compõem essas cadeias no Espírito Santo e no Brasil, equiparando aos países desenvolvidos. Diversificar a economia local visando atender a nova demanda que surgirá nos próximos anos é fator chave para apropriar-se dos investimentos em curso ou que serão implantados no Espírito Santo.

Os grandes investimentos que deverão ocorrer no estado estarão voltados – além da exploração de petróleo e gás no mar – para a indústria naval, incluindo estaleiro, porto e bases portuárias, e também para as empresas fornecedoras da cadeia de abastecimento, que exigem conhecimento e tecnologia ainda não dominados pelas empresas locais, representando uma excelente oportunidade para diversificação da nossa economia.

Existe grande expectativa de que as atividades de exploração, extração, transporte e beneficiamento de óleo e gás gerem profundas mudanças na economia capixaba, não apenas pelo impacto direto que o crescimento do setor terá sobre o PIB estadual, mas também pela possibilidade de irradiação para outras cadeias produtivas. Há um vasto conjunto de atividades demandadas por esta indústria tais como serviços de hotelaria, alimentação, transportes e logística, que serão beneficiados com essa atividade. O adensamento do setor petrolífero possibilita o surgimento de novos setores dentro da economia local, como a cadeia petroquímica, de fertilizantes, naval e metalmecânica, de investimentos de alto valor agregado, exigindo tecnologia e mão de obra qualificada.

Para o desenvolvimento das cadeias produtivas e, consequentemente, a inserção competitiva do Espírito Santo, são recomendadas três estratégias chaves: desenvolvimento de mercado e de produto, manutenção e ampliação dos mercados conquistados. Alcançar as oportunidades de negócios que geram emprego e renda requer um esforço conjunto da sociedade.

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O pequeno notável

Disponível em: https://portalcelulose.com.br/producao-de-celulose-alavanca-industria-de-transformacao-no-espirito-santo/

O Espírito Santo é um pequeno estado que representa 0,5% da área territorial brasileira e cerca de 1,9% da população, mas vem se destacando no cenário nacional pela estabilidade econômica e política de incentivos e benefícios, atraindo investidores de diversas regiões do país e do exterior.

O estado tem sua economia centrada em quatro grandes setores:
1. Petróleo e gás, sendo o 3º maior produtor do país;
2. Mineração, com o maior parque produtor de pelotas de minério de ferro do mundo;
3. Siderurgia, o 3º maior produtor brasileiro, reconhecido pela competitividade de seus produtos;
4. Celulose, classificado em 5º lugar no cenário nacional.

No período de 2017 a 2022 tivemos uma queda acentuada na produção de petróleo e gás, passando de 142 milhões para 47 milhões barris, ou seja, 67% devido ao envelhecimento dos poços sem novos investimentos.

Paralelamente, a produção de pelotas caiu de 31 milhões, em 2017, para cerca de 15 milhões de toneladas, em 2022, ou seja, 52% decorrente da paralização de diversas unidades produtivas na Vale e Samarco, por falta de minério de ferro, ocasionado pelos acidentes nas minas de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais.

Esses fatos causaram uma queda no PIB (produto interno bruto) do estado. Antevendo essa possibilidade e com base em experiências conhecidas em outros países, em especial o caso da “doença holandesa”, o estado procurou diversificar sua economia, atraindo novas empresas para o setor produtivo, apoiando as aqui instaladas, fortalecendo os setores de serviços e comércio, destacando empresas de logística, aproveitando a excelente localização do estado. Além disso, criou o Fundo Soberano ES – FUNSES visando garantir gestão responsável para as receitas provenientes da exploração do petróleo e gás.

Fruto desse trabalho, no mesmo período, foram gerados no estado 134 mil postos de trabalho, representando um aumento de 20% de novos empregos com carteira assinada. As empresas locais se modernizaram e capacitaram tendo, atualmente, aproximadamente 58% de suas receitas provenientes de vendas para outros estados e exportação.

As expectativas para os próximos anos são boas. A Vale está em fase final de montagem de duas unidades para produção de briquete verde, nova tecnologia de agregação de valor ao minério de ferro. A Samarco deve voltar com as unidades de pelotização. A ArcelorMittal Tubarão deve instalar o LTF – Laminador de Tias a Frio, na Serra, enobrecendo sua linha de produtos que facilitará a atração para o estado de fabricantes da linha branca (geladeira, fogão, entre outros).

Soma-se a isso o investimento da Petrobras em uma plataforma FPSO (IPB Maria Quitéria), em 2024, que deve produzir mais de 30 milhões de barris por ano. Deve-se acrescentar, também, a entrada de novos operadores de petróleo e gás no estado. São empresas tradicionais que adquiriram ativos, devendo fazer investimentos para ampliar a produção nos campos em terra e no mar.

Esse bom resultado alcançado é fruto de um trabalho conjunto do governo e iniciativa privada, fazendo do estado do Espírito Santo “O PEQUENO NOTÁVEL”, local bom para viver, trabalhar e fazer negócios.

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Crescimento contínuo

Disponível em: https://cidadesemfotos.blogspot.com/2012/08/fotos-de-vitoria-es.html

A região norte do Espírito Santo, desde o final da década de 90, passa por um crescimento contínuo e sustentável, gerando empregos, contribuindo com a diversificação econômica do estado.

Com localização estratégica, próxima de um grande mercado consumidor como as regiões sudeste e nordeste, dotada de boa infraestrutura tanto industrial como social, próxima ao sistema portuário da Grande Vitória que facilita o acesso ao comércio internacional e contando com benefícios da Sudene, os municípios da região vem atraindo importantes investidores do Brasil e exterior.

Destacam, nos últimos anos, a implantação de empresas de beneficiamento de café, fabricantes de torres metálicas e motores elétricos, componentes automotivos, estaleiro naval, montadoras de ônibus, produtores de placas de MDF e celulose, fabricantes de utensílios domésticos, exploração de óleo e gás onshore e offshore, novos portos, fazendas para produção de café, mamão, coco e pimenta do reino entre outros.

Com o crescimento socioeconômico da região e as perspectivas de novos projetos, os desafios são muitos. Como em todo o país, a falta de mão de obra qualificada representa um gargalo, exigindo de todos os atores envolvidos uma atenção especial.

Outro desafio que preocupa é a infraestrutura rodoviária. É necessário e urgente a duplicação da BR 101 para facilitar a entrada de matéria prima e saída de produto, garantindo prazos assumidos e reduzindo custo, possibilitando mais competitividade às empresas da região.

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Patinho feio, já era!

Foto/Divulgação: Prefeitura de Linhares.

Em 1989, quando cheguei ao Espírito Santo para trabalhar no projeto de expansão da ArcelorMittal Tubarão, na época CST, tomei um susto no aspecto profissional. Vim de Pernambuco, onde havia trabalhado num complexo industrial, incluindo uma fábrica de equipamentos, fundição de aço e ferro e uma usina siderúrgica para produção de vergalhão.

Aqui no estado, apesar de grandes empresas instaladas como a Suzano (na época Aracruz Celulose), Samarco, Vale, ArcelorMittal Tubarão e Petrobras, a cadeia de fornecedores que atendia essas indústrias era incipiente, sem nenhuma tradição, e a mão de obra era desvalorizada. Falavam para mim, de forma jocosa, cuidado com a MOCA – mão de obra capixaba – que não tem qualificação nem comprometimento.

Quando viajava a trabalho para outros estados e falava que estava morando no Espírito Santo, recebia olhares de desconfiança, como se estivesse regredindo. Nos colocavam em lugar inferior como se fossemos o PATINHO FEIO da região sudeste.

Tudo isso me deixava intrigado. Minha formação humana (adquirida com meus pais) e profissional (havia passado por diversos projetos em diferentes regiões do país e no mundo), não permitia aceitar essa situação. Entendo que toda pessoa, independentemente da cor, gênero, idade e formação tem uma competência, depende da oportunidade que lhe é dada.

Dentro desse contexto, com apoio de amigos que aqui fiz e das entidades de classe do setor industrial e afins como o Sindifer, Sinduscon, CDMEC, Sebrae, Bandes e Findes, iniciamos um trabalho de identificação das oportunidades de fornecimento para as grandes empresas e ao mesmo tempo avaliamos o potencial local.

Trabalhando de forma planejada, organizada e com acompanhamento mensal das ações realizadas, por meio do PDF – Programa de Desenvolvimento de Fornecedores do ES, começamos alcançar resultados. No início existia desconfiança, mas os empresários   acreditaram no propósito e viram que precisavam se preparar para concorrer e crescer com sustentabilidade. Os trabalhadores, com apoio do governo, Sebrae e Senai, participaram cursos de capacitação e qualificação, incluindo os aspectos de segurança e meio ambiente.

Adicionalmente foram realizadas viagens nacionais e internacionais para os executivos e empresários adquirirem conhecimentos e fazerem parcerias, sempre com apoio das entidades e investidores. Em seguida foram realizados seminários técnicos, encontros de técnicos, de negócios e feiras.

Como uma ação de sucesso temos a MECSHOW que, em 2022, será nos dias dois, três e quatro de agosto. O evento que completa 15 anos, inicialmente realizado para aproximar o fornecedor do mercado local, hoje é respeitado nacionalmente, sendo o local adequado para network, exposição de equipamentos e discussões sobre tecnologia, investimentos e negócios, com participação de empresas e executivos de diversos estados brasileiros e de outros países.

Atualmente nossas empresas trabalham em todo território nacional em projetos de siderurgia, mineração, papel e celulose e petróleo e gás, com reconhecimento pelos clientes. Nossos profissionais são referência em diversas especialidades, sendo respeitados pelos parceiros. Somos recebidos com alegria, demonstrando a força das empresas, trabalhadores e do Espírito Santo.

PATINHO FEIO, JÁ ERA!!! Com humildade, capacitação e trabalho ainda faremos mais. Sozinho vamos mais rápido, juntos mais longe.

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